Alexandre Meireles, Presidente da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários

Portugal tem de saber gerar consensos políticos nas principais áreas de gestão orçamental. A situação do país não permite divergências insanáveis.

Estão a perder-se muitos dos empregos criados nos últimos anos, em particular no sector do turismo, um dos mais fustigados pela pandemia. Trata-se, em larga medida, de empregos precários e pouco qualificados, logo mais vulneráveis às flutuações da conjuntura económica. 

Para não se repetirem erros, é indispensável proceder-se à simplificação dos processos de candidatura, avaliação e execução dos projetos no âmbito dos novos programas comunitários.

Tão ou mais importante que o capital disponível é a estratégia para o aplicar, de forma a garantir um impacto positivo na tesouraria, no investimento e na competitividade das empresas.

Temos de criar massa crítica para executar com eficiência, rapidez e qualidade as verbas provenientes do Fundo de Recuperação europeu e do novo Quadro Financeiro Plurianual.

A competição global por capital e talento vai estar ao rubro. Portugal precisa de uma estratégia inteligente para atrair investimento que seja verdadeiramente ‘game-changer’.