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Para uma crítica ao ‘Homo consumens’

É preciso revolucionar criticamente as representações que fazem da escassez um fetiche estruturante de todas as nossas relações com o mundo. A escassez nem é, por si mesma, dotada de valor, nem deve ser socialmente promovida. Pelo contrário, deve ser excluída das práticas de criação de valor.

Ainda somos sujeitos?

Os ‘big data’ só se alimentam do passado. O resultado é algoritmos que são tão filhos da Inteligência Artificial como da segregação. Por exemplo, softwares de reconhecimento facial que imputam rótulos de sociabilidade, marginalidade com base na cor da pele, na etnia, no género.

Cultura: e se nos deixássemos de tabus?

Num país que leve a liberdade de investigação a sério não há perguntas tabu. Controlo político, ideológico, social, até cultural, da liberdade de investigação produzida em contexto académico não deve ter lugar. E quando surpreendido, deve ser combatido.

Lugares: além das casas, o mundo

Nas nossas sociedades contemporâneas, é preciso articular de novo a experiência de mundo. Em toda a sua polissemia, o mundo que tudo inclui e o mundo singular de cada um, mundo como espaço de amizade cívica, plural, de pensamento e discussão crítica.

Governação da pandemia: ver os erros e vencê-los

A falha do Governo não foi a dos que desconhecem ou fazem por ignorar o que conhecemos. Isso fazem os populistas, negacionistas ou simplesmente irresponsáveis. Mas é uma falha complementar, e que devia ter sido evitada: não ter em conta, ignorar mesmo, o que desconhecemos.

Habitar na pandemia e a ideia de casa

A desigualdade torna-se uma realidade mais crua quando confinados nas nossas casas tão desiguais. Estarão garantidas as condições para o trabalho e estudo em casa que estão a ser exigidos? Esta espécie de uberização das nossas casas, por decreto de contingência, é sentida de forma muito desigual e exige resposta de solidariedade.
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