O espaço da negociação política e programática deve estender-se a movimentos sociais e a atores coletivos. Sem o envolvimento da sociedade civil, os partidos da geringonça correrão o risco de se enquistar em relacionamentos de poder meramente institucionais e ritualistas.
Muito se cumpriu, muito importa aprofundar: falta democracia mais deliberativa, partidos políticos mais porosos com a sociedade, democratização do poder regional, das instituições europeias, mais espaço público, nacional, europeu e global.
Um pluralismo a sério não é uma concessão ao ponto de vista dos outros, mas uma cultura consequente cujo significado é estarmos realmente com outros. Os outros não são uma contrariedade nas nossas vidas, mas o que lhes confere boa parte do gozo e do sentido de valer a pena vivê-las.
Só através do direito a parar nos devolvemos a possibilidade de ser senhores do tempo em que estamos. E só assim conseguimos ter a liberdade de estar no nosso tempo, mas também de estar nos lugares, nas coisas, até nos pensamentos.