André Paula Santos, Director de Assuntos Europeus no European Biodiesel Board

Cedendo ao populismo e à demagogia das Organizações Não Governamentais (ONGs) ambientalistas, que exigem sempre mais ambição em matéria de clima (e aumentam as suas próprias metas constantemente), Ursula von der Leyen convidou a ativista sueca Greta Thunberg para discursar na reunião do colégio de comissários que aprovou a proposta da lei do clima.

Depois deste longo processo, espera-se que o Parlamento aceite um compromisso, aprove os novos comissários-designados e permita a von der Leyen começar a trabalhar nos inúmeros desafios que a esperam.

O mundo de Greta Thunberg é muito mais complicado do que os seus discursos aparentam e, apesar da adolescente ter razão quando diz que, apesar de uma retórica otimista, a política de redução de emissões de gases com efeito de estufa é um falhanço retumbante, as razões para este falhanço vão provavelmente continuar a dificultar ações concretas nesta matéria.

Na cimeira do G7 tornou-se ainda mais evidente que Trump é o principal elemento desestabilizador da ordem internacional. EUA divergem dos aliados tradicionais e aproximam-se de regimes autoritários.

A escolha de Ursula von der Leyen ditou o fim do ‘spitzenkandidat’. O êxito da sua nomeação teve por base promessas ambiciosas e um discurso pensado para agradar ao centro e centro-esquerda.

Estará o multilateralismo do comércio internacional verdadeiramente morto e enterrado? Ou haverá tempo, e vontade, para reanimar a OMC e retomar uma dinâmica multilateral?