A partir do orçamento não haverá opções governativas novas, apenas tempo para discutir soluções partidárias. E isso não é suficiente para pensar o país e o futuro.
Habituamo-nos com excessiva facilidade a assistir à falta de responsabilidade política e, mais uma vez, não se prevê que alguém a assuma. Talvez andem todos muito ocupados a salvar a sua pele de outros fogos.
A Europa não tem de gritar ou sequer levantar a voz. Tem de ser firme perante todos os que apostam na sua divisão. É tempo de oportunidade e calculismo, não de romantismo.
Com o sonho da maioria absoluta em esfumação, Costa estará disponível para dar com uma mão aos atuais parceiros, mantendo a ilusão de se conciliar com uma parte à sua direita.
Há que distinguir entre quem pratica um ato suscetível de ser considerado um crime gravoso ou uma mera dúvida que, desvanecida, mesmo assim deixa a sua marca.
Numa sopa de pedra política, juntar anti-austeridade, anti-Euro e anti-NATO, quando se exige crescer a economia, seria um exercício de trilho em arame incandescente e na ponta da adaga.