Se no desporto, o trabalho e a persistência são os ingredientes principais para os sucessos que surgirão no futuro, na economia esses ingredientes são as poupanças e as fáceis condições de financiamento.
Na Europa, esta crise fez mais pela integração e convergência política e fiscal do que vários anos de trabalho político dito “normal”. Só o Fundo de Recuperação tem uma capacidade de investimento equivalente a mais de 4% do PIB da zona euro.
Os mercados estão cientes dos riscos que a subversão da democracia levada a cabo por Trump e a sua ala do Partido Republicano representa, e parte da recente correção do mercado acionista deve-se a isso também.
O que permite o financiamento de Portugal a um custo utópico é uma heterodoxia na política monetária, que foi confiantemente reforçada com a chegada da pandemia.
A pandemia do COVID-19 vai afetar o mercado imobiliário em várias dimensões. Duas delas são óbvias para todos: a evaporação do turismo e a recessão económica. Mas existem outras dimensões menos óbvias e de natureza mais estrutural a ter em conta, que são mais importantes.