Um rol de congressistas passeou-se pelo palco e pelas televisões até altas horas da madrugada de domingo. Essencialmente, debruçaram-se sobre os destinos eleitorais do PSD, como se estivessem a falar de um clube de futebol à procura de ganhar títulos.
O simples facto de um ministro das Finanças andar a pedir favores ao Benfica é um exemplo do insalubre ambiente promíscuo em que a “elite” portuguesa vive e convive.
O problema não está na qualidade da decisão política de quem distribui os fundos. Está no facto de serem distribuídos por decisão de um governo, com todos os riscos que lhe são inerentes.
Marcelo não compreende que o Estado português não pode senão falhar nas suas “missões essenciais”, e que a razão para essa inevitabilidade está na sua própria natureza.
O governo comporta-se como um burlão, que promete algo aos pobres incautos que acreditaram na sua palavra (supostamente “honrada” uma vez “dada”), usufrui do que recebeu em troca, e depois desaparece.
Ao escolher ficar exclusiva e permanentemente apoiado na bengala comunista-bloquista, Costa tornou o seu Governo ainda mais frágil e refém de interesses instalados do que o de Guterres já fora.