A economia vai crescendo e as pessoas vão tendo na carteira o suficiente para não sentirem na pele o efeito dos defeitos estruturais de Portugal, que no entanto lá estão, prontos a fazer das suas mal as coisas descambem.
As reacções gémeas da “esquerda” e da “direita” mostram como somos cada vez menos capazes de pensar criticamente sobre a realidade política, e somos os piores cegos: os que não querem ver.
Embora o “comprimido de açúcar” de Costa pareça ter sido suficiente para aumentar a sua popularidade, tal como os de Sócrates o foram no seu tempo, não será de espantar que o seu efeito junto dos eleitores se desvaneça quando a conjuntura económica piorar e as dificuldades regressarem.
Como é o Estado quem manda, quem consegue ligar para os telemóveis ministeriais sai sempre beneficiado. Mas, para desagrado dos que, como eu, defendem a privatização da CGD, o fim do banco do Estado não acabaria com a corrupção.