A incursão militar ucraniana não pode nem deve ver-se de modo isolado. Insere-se numa campanha mais geral de desinformação para criar nas opiniões públicas europeias um sentimento sobre a guerra favorável à Ucrânia.
A mudança na linguagem de Zelensky sobre conversações com Moscovo não é genuína, é um fingimento, um gesto de simpatia para aliviar a pressão a que começa a ser sujeito.
Apesar do futuro da Ucrânia resultar daquilo que os EUA e a Rússia acordarem, é importante perceber as contradições de Zelensky. A sua ação e a sua vida estão condicionadas.
Não faltaram à Europa oportunidades para afirmar o seu projeto. Referimo-nos concretamente às relações com a China e a Rússia, e à sua intervenção como um mediador internacional incontornável.
Os ataques na profundidade do território russo não afetam o equilíbrio de forças no teatro de operações ucraniano, mas podem contribuir seriamente para alimentar uma confrontação direta entre os EUA e a Rússia.
A CE argumenta que “a adoção da lei sobre agentes estrangeiros será um obstáculo no caminho da Geórgia para a UE.” Não se percebe como é que o pleno funcionamento das instituições democráticas pode minar o desejo da Geórgia aderir à União. Deveria ser o oposto.