Por existir o perigo real de se evoluir para uma confrontação cinética entre EUA e China, é crucial que a UE deixe de ser espetador e venha para o campo assumir o papel de árbitro.
Contrariando as aspirações hegemónicas dos EUA, outros protagonistas reclamam uma distribuição de poder diferente na ordem internacional. Reclamam uma nova voz e a consideração dos seus interesses nacionais, sem, no entanto, a quererem pôr em causa.
O comportamento dos EUA, na sua curta existência, foi diametralmente oposto ao da China, que na sua vida milenar mostrou relutância em usar a opção militar em primeiro lugar.
É interessante sublinhar que uma Ordem Executiva assinada recentemente por Trump refira a necessidade de estabelecer parcerias e de negociar acordos bilaterais e multilaterais com outros Estados.
Em vez de suspender o financiamento da OMS no meio de uma crise que já infetou dois milhões de pessoas, talvez fizesse mais sentido ajudá-la a liderar a resposta global.