A reabilitação tardia do Hospital Militar de Belém transporta-nos para o comportamento displicente das autoridades relativamente ao emprego das Forças Armadas na crise que vivemos.
No rescaldo desta crise teremos inevitavelmente um realinhamento das regras do jogo. Veremos então quem serão os perturbadores do statu quo. Não é evidente que seja a China.
A globalização será seguramente uma das vítimas da pandemia e, por acréscimo, também a economia chinesa, grande beneficiária da globalização e fortemente dependente das exportações.
A PSP deveria saber que não tem legitimidade para interferir no cumprimento de missões militares. Só com relações harmoniosas e cooperativas é que podemos superar o desafio que temos pela frente. As instituições de referência devem dar o exemplo.
Para além de servirem os militares, em tempo de paz, os hospitais militares podiam estar à disposição do SNS através de parcerias, colmatando as faltas de capacidade daquele. Todos ficariam a ganhar.