O facto da Ucrânia albergar terroristas que cometeram atos terroristas em território russo contra cidadãos russos confere a Moscovo o direito de ir atrás desses terroristas.
Seria sensato que os europeus não aumentassem os decibéis da retórica, num coro de apoio aos EUA, e percebessem ser tempo para reconciliar e recuperar fórmulas de convivência pacífica, já testadas com sucesso no passado.
Convém questionarmo-nos se a solução que vier a ser encontrada para o conflito será melhor para Kiev do que aquela possível de obter em 2022. Seguramente que não.
Não deixa de surpreender quem no passado defendeu as intervenções humanitárias no Kosovo e na Líbia, não comparáveis ao que se está a passar na Palestina, esteja agora silencioso e, nalguns casos, até contemporizador com o comportamento de Telavive.