A ausência dos Estados Unidos da maior conferência multilateral de financiadores do desenvolvimento do mundo é reveladora de um estilo de política que reflete o recuo do multilateralismo.
Será preciso esperar até 1963 para que seja realizada a Convenção de Yaoundé, em que as negociações já são levadas a cabo por países independentes, mas sempre tuteladas a partir da então CEE e dos seus estados-membros.
O papel histórico de ligação da UE a estes países torna o seu papel complexo, mas próximo da realidade daqueles países. A reabilitação e aprofundamento das relações entre estes blocos regionais manteria a Europa como ator global. Posicionamento que é cada vez menos claro nos dias de hoje.
Há mudanças no ar, uma transformação que pode determinar alterações profundas na Ordem Internacional. Mas existe esperança de que haja coordenação entre os estados e que a transição para um mundo menos globalizado não signifique forçosamente o conflito.
A voracidade dos últimos 25 anos e a entrada num século XXI, que deixou à vista as dores da globalização, não deixam de contribuir para o desencanto atual.
Evoco neste ensaio duas obras, duas autoras (melhor, três) para melhor ilustrar o percurso de algumas conquistas das mulheres em Portugal e na Europa. A primeira, uma peça de teatro, a segunda, uma biografia.