Desde o início da pandemia, o BCE já comprou mais de 1.3 biliões de euros de títulos públicos e empresariais no mercado de capitais. Este montante corresponde a mais de 10% do PIB nominal da Zona Euro. Esta intervenção vai muito além do que é o papel do BCE, pois representa uma deformação excessiva do funcionamento do mercado europeu de capitais. Se, por um lado, no curto prazo é bom baixar os custos de financiamento dos estados e das empresas, por outro lado, ir demasiado longe nesse campo representa, a longo prazo, um incentivo à gestão irresponsável.