A bazuca deveria estar apontada ao sector privado, às empresas, à criação de riqueza e de emprego, de molde a que a riqueza desse modo gerada pudesse ser redistribuída por via dos impostos.
O mercado de “distressed M&A” vai ressurgir da crise. Os fundos abutres vão querer aproveitar e adquirir aquelas empresas em situação financeira difícil, mas com viabilidade económica.
São precisas as regras, os princípios gerais do direito e as instituições cegas e independentes. Prefiro 100 juízes Ivos Rosas, que se engana, do que um Juíz acrítico da actuação das polícias e do Ministério Público!
Vir dizer, ou criticar, que a resolução foi mal feita e que conduziu a este resultado, o que faz o PS, ou criticar o processo de venda, o que faz o PSD, que conduziu a este resultado, é puro exercício espúrio e, nalguns casos, de má-fé.
Fica o conselho em relação à Groundforce: deixar o mercado operar, através da propositura de um processo judicial de revitalização da empresa, pedindo sacrifícios aos credores, designadamente à TAP, e aos accionistas, incluindo novamente a TAP.
Temo que com o fim das moratórias, o excesso de créditos em incumprimento, a banca em grandes dificuldades, a falta de planeamento legislativo e fiscal para apoiar a retoma da economia, empresas e famílias, o descalabro seja ainda maior.