Por conveniência do momento, André Ventura alcandorou aos píncaros da direcção os católicos conservadores; amanhã substitui-los-á por outros, novamente guiado pela conveniência.
Os espanhóis revelam cansaço desta batalha ideologicamente motivada, cujo fim é enterrar os compromissos da transição democrática, quando o que pretendem é um retorno à Espanha democrática, plural, em crescimento e reconciliada consigo mesma.
A História não se repete, é frequentemente dito, mas parece inspirar-se em si mesma, reeditando-se sob novas versões. Espera-se que não seja este o caso mas, se o for, o mundo livre tem que estar preparado para um novo conflito.
Existem e existirão sempre abordagens de direita e de esquerda do processo histórico. Não é possível, nem seria desejável, uma interpretação do passado bacteriologicamente pura.
Sob o manto de força que o líder do Chega enverga, esconde-se um partido débil, como é débil, em geral, o populismo, pois esgota-se nas palavras de ordem, como atestam os exemplos de Salvini, Trump e Bolsonaro.
Os Republicanos devem ponderar se querem continuar a ser um grande partido fiel ao consenso constitucional e aos valores matriciais que os EUA ostentam ou, pelo contrário, ceder às pressões das suas facções radicais.