Há uma doutrina americana que defende a Rússia tem que ter uma saída honrada desta guerra e não pode ser humilhada, porque nesse caso não se sabe o que poderá fazer.
Tendo presente a Teoria Económica, a mensagem para a Europa é simples: para controlar a inflação sem o euro cair demasiado, a taxa de juro vai ter de subir.
A globalização, como a conhecemos, será a próxima vítima da guerra da Ucrânia. Estamos a entrar num mundo em que as considerações políticas se sobrepõem à lógica económica da eficiência e do menor custo, num mundo em que as cadeias de produção vão ser repensadas.
Num mundo com inflação e restrições na disponibilidade de matérias-primas, onde a taxa de juro aumenta e as políticas orçamentais têm limitações, como se estimula o investimento?
Redesenham-se as relações internacionais, com os EUA a aproximarem-se da Venezuela, depois do fiasco com os sauditas, que consideram vender petróleo em yuans, enquanto os chineses aproveitam para expandir a sua influência na Ásia.
Só podem ser os próprios russos a fazer o ‘Putout’. Duas condições são necessárias: a Europa tem que deixar de depender da energia russa e tem de manter a unidade no isolamento da Rússia, sem fechar os canais diplomáticos.