Muitas vezes esbarramos numa visão centralista a desconsiderar o poder local. No centro da comunicação são colocados os maus exemplos, claramente minoritários, em vez de ser sublinhado o trabalho de proximidade.
Nestes milhares de milhões de euros que vão entrar no nosso país, um assunto relevante é o da confiança e da transparência. Os investimentos devem ser reprodutivos e devem ter um modelo de governação transparente.
As dificuldades são um território fértil para o surgimento de populismos e soluções fáceis. Compete assim ao Estado tornar robustos os apoios e impedir que as desigualdades sejam crescentes.
Se o acionista privado deve maximizar o seu lucro, o Estado deve ser transparente e defender o interesse público. Situações destas não contribuem para credibilizar a política.
Quem conhece a estrutura do desporto português sabe que os resultados obtidos são fruto de quem trabalha para a sua concretização – em clubes, federações ou nas entidades públicas. O desporto é, por isso, uma marca do país.
O PRR é ambicioso uma vez que garante que 47% dos investimentos têm como fim a sustentabilidade ambiental e 38% a transição digital, vetores essenciais para o futuro.