A lentidão da justiça no nosso país é já um problema crónico. Diz a Comissão Europeia que Portugal é o 8.º país da União Europeia com menor tempo médio de conclusão de casos cíveis e comerciais.
Em meu entender, o princípio do poluidor-pagador tem sido utilizado de forma subversiva. Os custos externos da poluição são um encargo enorme e os poluidores continuam, na sua maioria, a não pagar por estes custos.
Para além de alguns tímidos avanços práticos, estamos a caminhar rapidamente para um aumento de 2,7º C da temperatura média global até 2100. Valor bem acima do fixado no Acordo de Paris, em 2015, inferior a 2º C.
Alok Sharma, presidente da COP26, reconheceu que os negociadores têm uma “montanha a escalar”, no sentido de chegarem a um acordo suficiente para enfrentar a ameaça do aquecimento global.
O único desfecho aceitável desta COP26 é um compromisso entre todas as partes para uma maior ambição na ação climática e para uma implementação total e efetiva do Acordo de Paris.
O Fundo Verde tem de servir para garantir o apoio eficaz à proteção das florestas e dos países mais desfavorecidos. As palavras de ordem? Para uns, esperança. Para outros, mais ação e comprometimento.