Ainda segunda-feira foi anunciado que vários países comprometidos a atingir a neutralidade carbónica até 2050 têm planeados novos furos de gás e de petróleo em 2021 e 2022. É contra este ‘greenwashing’ que milhares saíram à rua em todo o mundo.
Os pratos da balança estão, desde logo, desequilibrados, pois os que mais poderão vir a sofrer com os efeitos das alterações climáticas são também aqueles com menor poder económico, logo negocial.
Uma reforma fiscal bem pensada deve passar os sinais corretos em termos de preços, a par de incentivos à adoção de comportamentos mais sustentáveis ao longo da cadeia de valor, desde os produtores aos consumidores.
O OE para 2022 não é um orçamento qualquer. Deve garantir as bases de uma recuperação económica e contribuir ativamente para a diminuição das assimetrias sociais que não só persistiam, como se agravaram.
Antes do regresso dos talibãs, a vida para a maioria das afegãs já era uma rotina infernal, marcada por casamentos infantis, violações e violência física e verbal. Com o regresso do regime Talibã, regressaram 29 proibições.
Infelizmente, temos continuado presos à linha mais clássica da teoria económica: incentivo ao consumo e exploração desenfreada de recursos. É assim que temos adiado dar o salto em frente.