A saída para a crise energética está em encontrar e negociar uma estratégia europeia para a energia entre os Estados-membros. E o que está a acontecer é exactamente o contrário.
O comércio bilateral, sem recurso ao dólar e ao euro, está em progressão. E, assim, o dólar vê reduzido o seu papel de moeda global, porque está a deixar de intervir em largas fatias do comércio mundial.
Os efeitos imediatos da guerra já cá estão, e são apenas uma parcela. A recessão económica entrará para ficar. As sanções económicas fazem ricochete para os dois lados. Causam muitos problemas, mas, está provado, não fazem desistir.
A energia nuclear, sempre polémica, encontra-se num processo de grande evolução tecnológica e de boas expectativas, o que pode vir a interferir, a prazo, com os interesses de ‘lobbies’ muito fortes no terreno das energias.
É fundamental que o Plano para a Legislatura contemple e dê relevo a linhas de fundo como a demografia, a água, a energia e a reindustrialização, em termos de actuação imediata, mas sobretudo de prospectiva.
A Demografia é bem ou mais importante que a Transição Climática, que tantas entidades e pessoas mobiliza. Estas duas forças globais, que se cruzam em muitos aspetos essenciais, vão determinar o futuro da Humanidade.