Quando a Humanidade dominar a fusão nuclear teremos energia que não emite CO2, nem detritos radioativos, nem acidentes graves. Uma energia limpa em toda a fileira. Neste momento, a situação é de confiança na ciência.
À Europa urge encontrar uma estratégia energética comum de futuro, na base da ponderação de critérios científicos e delineada um pouco longe da pressão lobista.
Sou de uma geração marcada pela energia nuclear que acolhe em si uma triste e negra história e grandes campanhas contra, sobretudo no estrangeiro, nos anos de 1960/70.
A grande luta de França é conseguir que, na União, a energia nuclear venha a ser considerada energia verde. Por outro lado, parece haver grandes avanços no domínio dos resíduos nucleares, o problema fulcral desta fileira.
A energia nuclear é aquele tema escaldante. Ninguém o quer abordar quando à vista de todos está a ganhar novo ímpeto, e com mais ênfase após o início da subida de preços da electricidade ou da energia em geral.
Não partilho a ideia de que apenas o sector privado potencia riqueza e emprego como certos partidos apregoam. O Estado é central nesta matéria e certamente que suprir “falhas de mercado” não será a sua acção mais nobre.