A energia nuclear, sempre polémica, encontra-se num processo de grande evolução tecnológica e de boas expectativas, o que pode vir a interferir, a prazo, com os interesses de ‘lobbies’ muito fortes no terreno das energias.
É fundamental que o Plano para a Legislatura contemple e dê relevo a linhas de fundo como a demografia, a água, a energia e a reindustrialização, em termos de actuação imediata, mas sobretudo de prospectiva.
A Demografia é bem ou mais importante que a Transição Climática, que tantas entidades e pessoas mobiliza. Estas duas forças globais, que se cruzam em muitos aspetos essenciais, vão determinar o futuro da Humanidade.
Quando a Humanidade dominar a fusão nuclear teremos energia que não emite CO2, nem detritos radioativos, nem acidentes graves. Uma energia limpa em toda a fileira. Neste momento, a situação é de confiança na ciência.
À Europa urge encontrar uma estratégia energética comum de futuro, na base da ponderação de critérios científicos e delineada um pouco longe da pressão lobista.
Sou de uma geração marcada pela energia nuclear que acolhe em si uma triste e negra história e grandes campanhas contra, sobretudo no estrangeiro, nos anos de 1960/70.