Para Pequim, a Nova Rota da Seda é a grande estratégia económica e de cooperação internacional que irá construir uma nova ordem económica mundial que substituirá a instituída pós-Segunda Guerra Mundial, sob a tutela dos EUA.
Um estudo refere que, no pós-Covid, os atributos vitais para o sucesso de qualquer país na Revolução Digital serão: velocidade, cooperação e resiliência. A Ásia encontra-se numa posição cimeira em todos eles.
Urge uma saída estratégica para as relações Ocidente-Ásia. Manter a política de hostilidade desencadeada por Trump não parece uma boa solução. Designar a China de “adversário estratégico”, como avançou Joe Biden, adianta pouco.
O grande motor deste movimento chama-se República Popular da China, país cuja evolução da economia está a dar-se, hoje, a uma velocidade duas vezes e meia mais rápida que a média registada entre 2015 e 2019.
O modelo ocidental de primeira potência pelo confronto apresenta-se de sucesso duvidoso no futuro e prejudicial a todos. Porque não partir para a construção de um novo modelo, o de partilha e cooperação, entendendo-se que partilha não é cedência.
A União Europeia tem de começar a edificar um caminho próprio, um caminho na equidistância entre as duas grandes potências: China e EUA. E o acordo agora celebrado com a China pode constituir um passo novo.