Vaticino um 2023 muito crítico na governação. Há dinheiro e a sua aplicação coerente exige decisões disruptivas. Estes meses de governação apontavam numa outra linha e não a rotina de substituição de pedras apenas.
2022 foi o ano de maior consumo de carvão no mundo, com maior emissão de CO2. O Mundo andou para trás com a descarbonização ou, para ser mais benigno, fez compasso de espera.
Esperemos que esta presidência do G20 consiga ir além dos sentimentos e plante algumas sementes, no sentido de uma distribuição mais equilibrada de poderes entre os países.
A anarquia de preços e quantidades nos mercados internacionais do gás natural decorre do desnorte europeu das sanções económicas contra a Rússia, muito mal concebidas porque contra os interesses dos países-membros, mas afetando de sobremaneira os países emergentes de menor poder de compra.
A ausência de uma estratégia europeia para a energia, que é o problema de fundo, vai manter-se por muitos anos, devido a divergências profundas entre França e Alemanha que ninguém tenta desbloquear.
A UE que avançou com a energia nuclear e o gás como energias de transição no combate à crise climática tem vergonha de nos seus documentos escrever a palavra “nuclear”. A Alemanha condiciona.