João Barros

Tarifas dos EUA devem ter impacto líquido deflacionário, mas arriscam condicionar o crescimento, empurrando o BCE para mais cortes.

Paula Franco argumenta que a retenção na fonte se deve aproximar o máximo possível do valor final do IRS, dado que o valor mais tarde reembolsado é, na prática, adiantado pelos contribuintes ao Estado. Surpresa dos portugueses quanto aos reembolsos revela falta de literacia financeira e desatenção aos múltiplos avisos no final do ano passado.

As tarifas acima de 100% entre as duas maiores economias do mundo arriscam matar o comércio bilateral EUA-China, mas os importadores norte-americanos anteciparam encomendas em março face à elevada probabilidade deste cenário, impulsionando o crescimento das exportações chinesas acima de 10%.

“Não houve qualquer ‘exceção’ das tarifas”, escreveu Trump numa publicação na sua rede social, em linha com os comentários do secretário do Comércio, Howard Lutnick, que garantiu que estes produtos serão incluídos nas tarifas sobre os semicondutores, que deverão ser anunciadas “dentro de um ou dois meses”.

Trump reverteu as tarifas recíprocas para a base de 10%, mas parece ter destruído o sistema comercial global no processo, bem como a confiança institucional e dos investidores nos EUA.

A redução nos reembolsos do IRS e a execução do PRR serão determinantes no saldo, embora o Governo rejeite este cenário.