João Barros

A aprovação não era garantida, dada a oposição de alguns partidos de menor dimensão, mas as alterações acordadas no início da semana entre CDU, SPD e Verdes passaram com 53 votos favoráveis em 69 possíveis.

A decisão contou com o voto favorável de oito dos nove membros do comité de política monetária, que salientaram o aumento da incerteza fruto da política económica e comercial dos EUA.

“É preciso mais do que nunca haver coordenação de políticas na Europa”, ainda que de forma “coerente e consequente”, defendeu o governador do Banco de Portugal, perante a necessidade de rearmar o continente – uma necessidade do bloco e “não de um país particular”, esclareceu.

A economia portuguesa atravessa “um bom momento”, segundo o governador do Banco de Portugal, e deve crescer mais este ano do que se esperava no final de 2024 – embora a expectativa para os dois anos seguintes tenha sido revista em baixa.

A taxa de referência manteve-se em 4,5%, com o presidente da Fed a garantir que o banco central está preparado e “numa boa posição” para agir caso seja necessário. As tarifas irão “atrasar” a descida da inflação, mas estas dinâmicas são comuns na chegada de uma nova administração à Casa Branca, reconheceu.

“Se a economia permanecer forte e a inflação não continuar a descer para 2%, podemos manter esta política durante mais tempo”, resumiu Powell, admitindo que as tarifas deverão “atrasar” o regresso do indicador de preços ao objetivo de 2% do banco central.