Quando o Estado quer ter acesso às contas bancárias dos cidadãos para combater a fraude fiscal levanta-se um coro de protestos pela devassa da vida privada. Mas ninguém se ofende com o facto de o Google e o Facebook saberem mais sobre nós do que nós próprios.
Este é o momento de nos (re)inscrevermos ou colaborarmos com partidos políticos e movimentos cívicos tolerantes. Os radicais e populistas estão mobilizados e a capitalizar descontentamentos.
A moda dos referendos serve apenas os interesses de certos políticos oportunistas que, por falta de convicções e coragem, abandonaram o seu papel de liderança da sociedade.
As grandes opções macroeconómicas com impacto significativo já não estão ao nosso dispor e dependem dos órgãos da UE e das outras democracias da zona euro.
O empresário está habituado a pensar unicamente nos seus interesses, nos da sua empresa e ‘stakeholders’; já o político deve focar-se no interesse geral da comunidade em que se insere.