“Roma não paga a traidores” é a frase de ordem mais ouvida entre os entusiastas da candidatura à liderança do autarca de Aveiro, que tem estado a avaliar os apoios com que pode contar e deve passar da disponibilidade à ação depois do Conselho Nacional que se realiza este fim de semana, em Barcelos.
O caso dos votos dos emigrantes é uma ilustração perfeita da idiossincrasia portuguesa: os partidos e os seus deputados são os primeiros a organizarem-se para fintar a Lei.
A sucessão de Francisco Rodrigues dos Santos, que se demitiu na noite das eleições legislativas, deverá ser disputada. Uma solução está em gestação entre os apoiantes do até agora presidente do partido.
Rui Rio já anunciou que não se recandidata e quer ver o processo da sucessão fechado ainda no primeiro semestre deste ano. Jorge Moreira da Silva e Pedro Duarte, ex-líderes da JSD, também são falados, como Paulo Rangel, Paulo Cunha e Miguel Poiares Maduro. Pedro Passos Coelho não dá sinais de querer ser o unificador do partido.
O sucessor de Rui Rio, que na noite das eleições se ufanou de deixar as contas da campanha num brinquinho, deve ser um segundo líder do centro ou o primeiro do centro-direita?