O Chega, pode dizer-se e isso é uma crítica válida, está a usar pessoas. Mas, para nos reafirmar esta evidência, Ricardo Araújo Pereira não tinha que retalhar vezes sem conta um homem simples.
Antigo Presidente da República viu partir dois primeiros-ministros e tomou a iniciativa de fazer sair outro, dissolvendo a Assembleia da República. Mas o também ex-presidente da Câmara de Lisboa destacou-se pelas muitas causas a que se dedicou até ao final da vida.
A política, os seus ‘timings’ e interesses, determinam o andamento dos processos judiciais e, até, de inquéritos que deveriam ser simples. Um carro, uma estrada, um morto.
O congresso do PS, além de projetar uma família feliz, teve um outro efeito: anunciar-nos que o poder do Estado vai continuar a gerir este pequeno país de órfãos e subsídio-dependentes.