Na melhor das hipóteses, Gates despolitiza e tecnocratiza as alterações climáticas, não tocando no aparato responsável. Na pior, reduz as alterações climáticas a um pretexto para negócios.
A situação orçamental vai-se deteriorando e em breve o país poderá assemelhar-se a uma TAP em grande escala, em que os interesses dos credores do Estado sejam contrapostos aos interesses da população em geral.
Não seria difícil conceber um cenário em que a política do BCE tivesse canalizado os recentes fundos em quantias massivas não só para impedir o colapso generalizado da economia, como também para realizar a transição energética necessária.
O fim da atividade de refinarias como as de Matosinhos apenas representa uma condição necessária, mas não suficiente, para concretizar uma transição energética.
As opções políticas são as de preservar a economia fóssil. É necessária uma mobilização massiva no sector da energia e restam menos de 10 anos para concretizá-la.