O cargo de Presidente é suprapartidário, mas há que saber relacionar-se com todos os partidos, algo que Marcelo não tem descurado. A democracia precisa de partidos fortes.
Entregar a elaboração do programa do partido a uma equipa em que ninguém tem mais de 45 anos, representa uma clara aposta na renovação geracional do partido.
As sucessivas manifestações de vitalidade populista não indiciariam antes que os partidos habituados à sala e aos corredores do Poder estavam a perder contacto com a realidade?
Ainda não são do domínio público as motivações que presidiram a algumas escolhas de Rio para a Comissão Política. Inegável é que o tempo não descansa. Por isso, a sua liderança não tardará a ser avaliada pelos portugueses.
Marcelo e Costa procuram apaziguar os ânimos. Inquietos com a possibilidade de o vento mudar de sentido. Ansiosos pelo regresso da acalmia benfazeja. A vida habitual. Aquela que não condenará Manuel Vicente. A imunidade é suficientemente elástica. Por enquanto.
A elite que usufruiu do sistema sabe bem a missão que lhe está confiada no momento atual. Por isso, coloca em causa as instituições. Incendeia a opinião pública através da opinião publicada.