Face à existência de oportunidade, cabe a Carlos Moedas mostrar que tem talento. O passado político não se constitui como elemento suficiente. Pode servir de indicador, mas nada mais do que isso.
A franja da população portuguesa que se diz apostada na descolonização das mentalidades olha, porém, para os séculos passados como se da conjuntura atual se tratasse. Aplica a unicidade como regra.
Como a História recente se está a encarregar de provar, o populismo antissistema sabe muito bem tirar proveito do funcionamento da democracia representativa. Sabe servir-se do sistema que quer fazer implodir.
A imagem que ficará para a História será a de Marcelo como um homem sozinho. Tanto à porta de casa, como a conduzir o próprio carro ou na Faculdade de Direito.
Talvez se imponha questionar se o modelo que possibilita dois mandatos presidenciais consecutivos não deverá dar lugar apenas a um mandato, mas mais prolongado. O equivalente a duas legislaturas.
O lema presente na bandeira do Brasil, que levou Salazar a questionar Gilberto Freyre sobre como iam as suas investigações sobre a temática, continua a ser objeto de leituras díspares.