Se estamos a ficar mais pobres, se estamos endividados, se os custos dos bens essenciais como os alimentos, a habitação ou a energia escapam ao nosso controlo, é imperioso fixar um quadro de referência que nos oriente e mobilize a todos.
É moralmente insuportável a despesa pública que se antecipa por ocasião e por causa das celebrações natalícias ‘vis a vis’ as consequências para os mais pobres de uma inflação de 10% e uma inflação nos produtos alimentares acima de 20%.
Urge fazer, de forma inteligente, incessante e mobilizadora a pedagogia da democracia e da liberdade. E é da Europa a primeira responsabilidade de assumir essa missão.
Será que é pedir muito que, até lá, até haver um novo aeroporto, a(s) entidade(s) que tenha(m) essas competências organize(m) um acolhimento europeu a quem chega e quer tomar um táxi?
Saber que Portugal é o 8º país da UE com maior risco de pobreza ou exclusão social é um revés político e moral para todos os que acreditam que é possível construir uma sociedade mais justa e equitativa.