Não é bem assim. As notícias relacionadas com inevitabilidades de recessão e entrada num ciclo negro nos mercados financeiros podem, para já, ser exageradas.
O presente foi privilegiado em detrimento do futuro, criando menos perspetivas para as próximas gerações, e perdeu-se a oportunidade de investir mais aproveitando um ciclo de taxas muito baixas a nível global.
Os bancos centrais estão mais concertados e mais bem preparados, e o mundo é mais regulado do que noutros períodos potencialmente semelhantes na história.
Apesar da resiliência do centro político europeísta, a UE que saiu das últimas eleições vai exigir, no mínimo, uma série de equilíbrios e acordos inovadores que permitam algum ímpeto de integração.
Falar em recessão é um cenário que parece exagerado, sobretudo pela resiliência da procura privada, como sequência de um mercado de trabalho mais robusto, capaz de gerar consumo.