Portugal é o único país europeu que desenvolveu com a China uma história de longa duração sem trauma civilizacional, sem rancor geopolítico e sem retórica de superioridade. A China observa Portugal com respeito porque vê nele um parceiro que compreende o valor do diálogo, da paciência histórica e da diplomacia da moderação.
A China ascende sem disparar um tiro, pela paciência estratégica, pela integração produtiva e por uma diplomacia que prefere persuadir em vez de impor.
Washington deve compreender que apoiar Israel não significa endossar as suas ações incondicionalmente, mas ajudá-lo a encontrar a segurança que nasce da paz e não da dominação.
Europa, outrora epicentro da modernidade e motor da prosperidade global, tornou-se prisioneira de suas próprias hesitações. Três causas explicam essa paralisia: a guerra na Ucrânia, a dependência face aos EUA e a rigidez institucional e produtiva.
A 80ª Assembleia Geral da ONU não será apenas mais uma sessão anual: será o momento em que a organização deverá provar a sua relevância, reafirmar a sua legitimidade e demonstrar que pode ser, ainda, a arena capaz de equilibrar poder e justiça no século XXI.