Diante do declínio da hegemonia americana, a eleição de um Papa norte-americano oferece aos EUA uma oportunidade única de reposicionamento global, não pela força económica ou militar, mas pela influência moral.
Para a Europa, manter canais abertos com Moscovo não é um gesto de condescendência, mas uma necessidade estratégica. Isolar a Rússia é, em última instância, isolar-se das novas dinâmicas do século XXI.
Num sistema internacional caracterizado pela competição estratégica aberta e pela fragmentação de poder, a hesitação é um luxo que a Europa já não pode se permitir.
A verdadeira mudança não está apenas na ascensão da China. Está na transformação do próprio caráter norte-americano. E o mundo — Europa incluída — precisa ajustar seus olhos e sua bússola.