Temos de retirar tudo o que de positivo nos trouxe este covid-19 e admitir que existem grandes alterações de paradigma e que um deles está intimamente ligado a uma educação que tem vindo a ser debatida diariamente nas últimas duas décadas e que por fatores de grande resistência tem tido alterações de pouca significância, continuando com uma estrutura ultrapassada.
Poder cair, saltar, gritar, rir e festejar, quando assumido com a participação do Pai, estimula a criatividade, a proatividade e a resiliência da criança, além de formar memórias e estreitar laços com o Pai, que se torna um exemplo a ser seguido e um porto seguro.
Os estímulos que se apresentam sobre as crianças de hoje são completamente distintos dos que se apresentavam nas gerações que nasceram antes da descoberta do telemóvel e do tablet e de outras tecnologias. Hoje, as crianças desenvolvem-se com mais rapidez, dominam todo o aparato mediático e tecnológico, mas perdem um sem número de vivências sociais que são de fulcral importância para o seu desenvolvimento.
Na esperança de que esta década promova alguma transformação social e, nomeadamente, que os pais aproveitem melhor o tempo em família, partilho “sete passos para conhecer melhor o seu filho”, que acredito que serão fundamentais para alcançar a harmonia familiar.
A verdade é que a educação, em Portugal, tem que ser revista, tanto a nível nacional como nas regiões autónomas. A violência e o desrespeito nas escolas é consequência de políticas de enfraquecimento de professores, auxiliares de ação educativa e dos próprios alunos; em que todas as pessoas opinam e ninguém se entende.
Mantenho a esperança de que o Governo esteja ciente de que a educação, em Portugal, tem de sofrer uma mudança estrutural a curto prazo. O Governo tem, aliás, dado alguns sinais de mudança quando introduz a flexibilização curricular e mais autonomia nas escolas.