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AUTOR

Mário Santos, Investigador em Inteligência Emocional e Professor na Universidade da Madeira


As mudanças na Educação que gostaria de ver com o próximo Governo da Região Autónoma da Madeira

Gostaríamos de ver repensado o modelo da escola a tempo inteiro; reorganizar os tempos letivos e não letivos, os espaços e os recursos, em prol das aprendizagens e do desenvolvimento integral dos alunos. Fomentar, cada vez mais, a atividade física, apostando numa redução do tempo em que os alunos ficam imóveis, no sentido de diminuir o sedentarismo e a obesidade infantil.

Reflexão sobre a escola que temos e a escola que deveríamos ter. “Pensar fora da caixa dentro da escola”

O que se verifica é que a educação está somente centrada no conhecimento, onde a nota serve para avaliar o crescimento global do indivíduo.

A escola tem que deixar a obsessão dos resultados académicos, rankings e quadros de honra e potenciar o talento do aluno

Vivemos numa época em que o talento é umas das palavras mais valorizadas no léxico mundial, podendo mesmo considerá-lo como o fator diferenciador em qualquer grupo de trabalho, sendo algo que é inato e que tem de ser desenvolvido e potenciado.

Natureza como aula

O quotidiano escolar, em Portugal, revela-nos um ensino massificado direcionado para a aquisição de conhecimentos em detrimento do fomento de atitudes/valores e do desenvolvimento de competências. Importa questionar o ensino ao nível das conceções, das opções curriculares e das práticas pedagógicas.

O Risco é componente essencial de uma infância equilibrada

Defendo que as crianças sofrem, nos dias de hoje, de transtorno de deficit de risco e de contacto com o meio exterior, desenvolvendo assim problemas na avaliação do risco, fraca consciência espacial, tornando-se excessivamente dependentes, tímidas, com falta de autoconfiança. São estas crianças que não deslocam os ombros nem arranham os joelhos, mas que desenvolvem atraso sensorial motor, obesidade e doenças crónicas típicas da idade adulta.

“Estamos a fabricar crianças e a desperdiçar talentos“

Preocupado com o estado atual da educação e a acreditar que estamos próximos de momentos de mudança estrutural da escola Portuguesa, considero que quem discorda com o estado da educação a não ser através do negrito ou das letras maiúsculas, dificilmente é ouvido por quem toma decisões de políticas educativas.
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