Melissa Lopes

Antigo ministro da Administração Interna acusou Luís Montenegro de ter feito nomeações para cargos da administração pública “sem critério” e desafiou o primeiro-ministro a dialogar com o intuito de despartidarizar o setor público.

José Luís Carneiro acusou Luís Montenegro de confundir diálogo com “prática reiterada de extrair” propostas dos programas dos outros partidos sem uma única palavra” para com os mesmos. “Não é diálogo, é plágio”, artirou.

Hugo Soares respondeu a críticas da esquerda sobre os planos do Governo para reformar o Estado.

Discussão do Programa do Governo começou com a intervenção do primeiro-ministro, que reforçou a responsabilidade das “oposições”, PS e Chega, leia-se, na estabilidade política, prometendo uma legislatura de diálogo com “espírito patriótico de convergência”.

Propostas para a legislatura 2020-2028 vão ser discutidas na Assembleia da República nesta terça e quarta-feira. O programa do novo governo da AD – Coligação PSD/CDS contempla 20 medidas relacionadas com fiscalidade, saúde, educação, imigração ou justiça.

O presidente dos Administradores Hospitalares lamenta que o Governo não tenha a intenção de avançar para medidas mais “disruptivas”, como atribuir novas tarefas a enfermeiros, por exemplo, para libertar os médicos para consultas e cirurgias, uma questão que “esbarra com interesses”, mas da qual o executivo não devia “fugir”. Para Xavier Barreto, o documento que começa esta terça-feira a ser discutido na Assembleia da República tem “medidas positivas”, ainda que algumas delas sejam abstratas, e diz que a concretização do programa será o verdadeiro teste à eficácia.