A “corrida verde” do século XXI não se fará sem as Áfricas. Abre-se uma oportunidade de poder negocial desde que usado com inteligência, unidade e com base em interesses próprios.
As ‘Áfricas’ estavam a precisar de um abanão para perceber que o continente é riquíssimo de recursos, embora continuem sem conseguir traduzir esse potencial em riqueza real para as suas pessoas apesar da sua resiliência e juventude.
O ego inflado cheira a autocracia e impede a escuta activa. A liderança mundial é uma grande mesa de reunião onde ninguém se importa em compreender o outro, apenas aguarda a sua vez de falar. Ou gritar.
No caso das ‘Áfricas’, o ciclo cruel dos ratings de crédito injustamente baixos obriga a pagar juros significativamente mais altos que apenas agrava a dívida externa num reflexo de uma relação predatória.
Depois do discurso ou das omissões de Trump, a Europa parece ser um bloco secundário. As atenções estão viradas para os terceiro-mundistas que cresceram e agora querem e vão ter uma palavra neste jogo do poder e confronto aberto.