Vários barómetros em diferentes latitudes têm demonstrado que os cidadãos que participaram em manifestações nos últimos anos são mais propensos a ir às urnas.
Há em Portugal, quiçá fruto de uma democratização tardia que tocou fortemente as áreas educativas e culturais, uma grande confusão entre um intelectual e um académico.
A velocidade a que a profissão de jornalista tem de se adaptar não ajuda a não errar. A isto soma-se a pressão económica: há que vender jornais, ter audiências, ganhar cliques.
As franjas da sociedade que se vão perdendo nas contas da água, luz e supermercado são os derrotados de um sistema mundial em constante evolução e de um país que se foi “vacinando” para as más condições de vida de alguns dos seus cidadãos.
Num país como Portugal, em que ter um bom emprego é muitas vezes sinónimo de quem se conhece e está disposto a abrir portas do que de provas dadas, será que ainda nos preocupamos em ser “bons profissionais”?