No Ocidente, os anti-vacinas atiram para o lixo anos e anos de investigação científica em nome de teorias da conspiração. No Afeganistão, os Talibãs tomaram Cabul e regressaram ao poder com a retirada dos EUA.
O país parece de extremos, mas na verdade não o é. Protestamos muito, todos os dias, mas não passa disso. Dizemos que o país está cheio de corruptos, mas depois pedimos sempre um jeitinho quando nos faz jeito. Temos essa plasticidade bastante humana.
Se o sistema for todo ele, ou maioritariamente, populista, onde encontrarão estes movimentos e partidos culpados para o estado do Estado? Sem inimigos, sem a divisão entre “eles” e “nós”, ficariam sem bodes expiatórios.
Devem os eleitores ter algum tipo de controlo formal dos representantes entre eleições, por exemplo na definição de políticas públicas específicas e no processo de decisão política adentro das legislaturas?
Em termos gerais, sabemos que as eleições se ganham ao centro, tendo presente que o centro em Portugal, hoje, não é mesmo que em Espanha, ou na Alemanha, cada sistema político tem o seu contexto e as suas regras.