A deterioração das condições de vida das mulheres não aumentou apenas no último ano. Na mais recente crise financeira e económica que experienciámos há uma década aconteceu o mesmo, prolongando-se por anos a fio.
A crítica generalizada do uso que muitos farão dos recursos estatais contrasta com o efectivo uso desses recursos em benefício próprio. Importa primeiro olhar para o ‘umbigo’ antes de apontar o dedo aos outros.
Os ‘gatekeepers’ em Portugal não são os que “guardam a Democracia”, à maneira das teorias norte-americanas, mas sim aqueles que se guardam de outros grupos, com menos poderes. Os que dela se servem.
A produção de tipo intensivo traz consigo bastantes problemas, alguns dos quais já sabemos hoje quais são, outros que só o futuro irá revelar. As entidades locais e regionais parecem não conseguir combater esta realidade. E eu pergunto porquê.
O recrudescimento de movimentos anti-democráticos eleitos democraticamente via partidos políticos e movimentos equiparados a que temos vindo a assistir, traz à tona medos associados a vivências ainda recentes.
Quando finalmente nos virmos livres deste aperto em que estamos, não devemos esquecer que a ciência e os seus avanços são para todos mas feitos apenas por alguns.