Importa traçar um compromisso político alargado, para uma ou duas legislaturas, sem o qual iremos continuar a privar a administração pública da capacidade técnica e científica, autonomia, retenção e valorização do seu saber.
Alcançado este ponto, o BCP passará a integrar o lote das grandes empresas que se comportam apenas como maximizadoras de lucros, ignorando tudo o resto, incluindo as suas responsabilidades sociais.
É imoral que empresas altamente lucrativas queiram mais e mais lucros à custa dos trabalhadores. Empresas que poderiam e deveriam conduzir os processos de redução dos seus trabalhadores de outro modo.
A sensibilização é útil, mas por vezes o autismo das elites obriga a que existam leis que não permitam imoralidades. O que me leva a António Costa e Rui Rio. Ao não quererem rever as leis laborais prestam um mau serviço ao país.
O Governo tem todas as condições políticas e parlamentares para desfazer o legado pernicioso da troika, alterando algumas matérias no âmbito da legislação do trabalho.