A corrupção custa a Portugal 18,2 mil milhões de euros por ano, mais do que o orçamento anual para a Saúde, e a superficialidade com que a classe política continua a olhar para este flagelo é intolerável.
É inútil ter juízes independentes que estejam sujeitos hierarquicamente a um órgão constituído maioritariamente por representantes do poder político, que teimam em não alterar a lei porque beneficiam com ela.
A existência social do homem, que os liberais sempre quiseram negar, subordina-se ao bem comum e é exatamente isto que as novas iniciativas liberais estão apostadas em continuar a recusar.
A investigação histórica deve servir para gerar debate, em que cada um tem a oportunidade de ser crítico dos acontecimentos. Devemos ter sempre a oportunidade de questionar valores.
A comissão que existe, nos moldes em que funciona, composta pelos próprios membros do Parlamento que irão avaliar os comportamentos dos colegas, não tem a imparcialidade e isenção exigíveis.
O facto de começarem a escassear valores comuns a partilhar num mundo cada vez mais globalizado, põe em crise a continuidade do equilíbrio nas relações entre os Estados.