Confesso que a primeira experiência foi de grande ansiedade. E não estou a falar da mítica carreira 28 ou dos carros elétricos da Companhia de Carris de Ferro de Lisboa, cuja história já ultrapassa os 120 anos.
O fim do período das moratórias de crédito não dita qualquer inflexibilidade por parte das Instituições quanto à procura de soluções para os mutuários que se apresentem em dificuldade no contexto que atravessamos.
Desafio o leitor a fazer um rápido ‘focus group’ com os mais jovens da família: o que os preocupa? Como encaram os próximos anos? Invariavelmente, os jovens estão apreensivos quanto à permanente incerteza.
Estamos perante um enorme desafio de redistribuição: a reafetação da acumulação deverá ser estimulada de modo a que a recuperação económica pós-pandemia seja relativamente célere.
Temo que Portugal não saia deste PRR à frente de outros países europeus que, por certo, aplicarão estas verbas eficientemente no robustecimento direto de empresas e de emprego. Oxalá esteja equivocado.
O que será o tempo pós-pandemia? Primeiro enfrentaremos os reflexos de uma crise económica. Mas depois abrir-se-ão perspetivas de sermos mais justos com o planeta, mais parcimoniosos no consumo e mais ‘work-life balance’.