Subida da inflação, salários controlados e aumento dos juros com reforço de restrições à concessão de crédito, a somar a rendas de casas incomportáveis para muitos. Uma conjuntura perigosa para os próximos dois anos.
À semelhança da Fed, o BCE corre o risco de andar em contraciclo e de ser num entrave à recuperação económica pela sua reactividade, e por não adoptar uma atitude preventiva.
Os sucessivos entraves à integração das economias europeias, tendo o protecionismo e os nacionalismos como mote, estão agora a ter consequências desastrosas. A Europa arrisca-se, mais uma vez, a empobrecer.
Entre o aumento dos custos da energia, a inflação que alastra e a perspectiva de subida das taxas de juro, percebemos que estamos perante uma situação de empobrecimento real, sustentado e com consequências sociais e institucionais a prazo.
A atual crise inflacionária é perigosa, uma vez que tem origem numa subida dos preços da energia que criam um aumento na desigualdade, que apenas pode ser combatida por um aumento da oferta.