Como em tudo, há quem não tenha a temperança de esperar pelo triunfo da razão e do bom senso, há quem ache que os desequilíbrios só se corrigem com desequilíbrios de opostos. Ora, as grandes questões resolvem-se entre homens dignos e de bom senso.
Não tendo aversão ao Estado, o que me preocupa é a má gestão do dinheiro que lhe confio, não o montante em si. O que mina o sistema é a opacidade, tornando-o cada vez mais vulnerável ao oportunismo de quem o quer abater.
A história diz-nos que só com um PSD forte e um CDS simultaneamente forte, se reforma o país. Como ponto de partida, é preciso que cada um saiba primeiro onde está, só depois se poderá pensar em estar à altura da missão.
Só a perspectiva concreta de uma ideia de normalidade alcançável nos poderá resgatar da normalização do impensável, da contemporização com as aberrações que se têm afirmado. Vale a pena pensar nisto.
O que impressiona em 2020, é a quase completa subjugação deste tempo a uma pandemia. Se nos perguntarmos quais o melhor e o pior acontecimentos de 2020, seguramente diremos a Covid-19 e a descoberta da vacina para a Covid-19.
Em face de quatro candidatos que, de diferentes formas, se afirmam pela divisão, a recandidatura de Marcelo representa exactamente o oposto. Mais do que nunca, o país precisa de estabilidade e unidade.