Por comodismo, trocámos a verdade crua por uma dor pop e partilhável. Somos “Je suis” num dia e choramos as agruras do mundo agarrados ao CD póstumo do Bowie. Misturamos tudo e choramos a dor que dói menos.
Sentindo-se perdidos num limbo, os europeus tentam agarrar desesperadamente uma ideia de soberania, de regra, de ideia de um corpo moral e ético coletivo. Tudo o que a Europa hoje em dia lhes nega.
O protesto, ou a “luta”, não são mais do que uma organizada e eficaz manipulação das massas para a prossecução de fins que lhes são completamente alheios.