Se o politicamente correcto nos esmaga, a resposta deve ser uma resistência coerente, bem organizada, que se constitua numa corrente forte de uma grande ideia de liberdade.
Acabar com as taxas moderadoras, ancorados na última mentira de Catarina, vindo depois dizer que sim, só que não, é mais um passo para nada acontecer a nível algum. A oposição podia e devia ser activa, enérgica e consequente. Só que também não.
A direita faz falta ao equilíbrio do sistema democrático, e não será o Presidente da República a garantir este equilíbrio. O Presidente poderá, no limite, estabelecer linhas vermelhas para preservação do regime, mas tal não substitui a normal e desejável dinâmica partidária.
Por diferentes caminhos, os tradicionais representantes das forças democráticas europeias deixaram-se encurralar nestas eleições. A responsabilidade é exclusivamente dos partidos do sistema; culpar a conjuntura, ou pior, o eleitorado, só agravará este divórcio em curso.